Todo mundo já deve ter visto ou pelo menos ouvido falar do filme A Bruxa de Blair, que é um longa de terror que fez um sucesso gigantesco no fim dos anos 90. O filme contava a história de 3 jovens que foram para a floresta de Burkittsville, Maryland, Estados Unidos, para gravar um documentário sobre uma lenda local de uma bruxa.
Durante o filme a lenda que eles investigam se mostra real e a bruxa os deixa perdidos na floresta, fazendo com que todos corram. Contudo o que deixou o longa mais famoso foi que ele era gravado como se fosse tudo real, mas não era. Apesar disso, a lenda da bruxa existe, e ela tem seu fundo de verdade...
A história dessa cidade, chamada de Blair, é mais antiga do que se possa imaginar, remontando ao ano de 1771, que foi a data de sua fundação, quando ela tinha não mais do que duas ruas e uma dúzia de casas. Durante 14 anos a cidade prosperou normalmente, até que no fim de 1785, uma mulher que vivia no local, Elly Kedward, foi acusada de bruxaria. Algumas crianças disseram que ela as levava para sua casa e tirava sangue dos pequenos.
No meio do rígido inverno daquele ano, a suposta bruxa foi expulsa do vilarejo, sendo abandonada na floresta a sua própria sorte, o que certamente deve ter causado sua morte por hipotermia.
Durante um ano, a cidade de Blair viveu em paz, e o problema parecia ter sido definitivamente resolvido. Mas depois de um ano, as coisas começaram a ficar feias na cidade. Durante o rigoroso inverno de 1786, todas as crianças e adultos locais que haviam acusado Elly de bruxa simplesmente desapareceram sem explicação alguma. Todos que sobraram juraram jamais citar o nome da bruxa de novo.
Em 1825, logo depois da cidade deixar de se chamar Blair e se tornar Burkittsville, as coisas começaram a ficar realmente assustadoras, pois a morte de uma criança fez com que todos temessem a volta da bruxa, pois no mês de agosto daquele ano 11 pessoas assistiram uma menina de apenas dez anos morrer afogada no riacho Tappy East. Todos que assistiram o terrível acontecimento dizem que viram claramente uma mão pálida brotar da água e puxar a menina para morte. O corpo dela jamais foi encontrado.
Em março de 1886, Robin Weaver, 8 anos, desaparece. Várias equipes de resgate o procuraram.
Mais de um dia se passou e o grupo de busca não retornou, muito menos o menino sumido. Pensando que talvez os homens estivessem perdidos, talvez por causa da noite ou quem sabe a floresta poderia ter os enganado. Por esse motivo uma segunda equipe partiu em busca da primeira e ainda acreditando que poderiam achar o pequeno garoto.
Depois de algumas horas de busca os primeiros homens foram encontrados, mas aquela altura eles eram apenas pedaços, pois todos tinham sido estripados e suas vísceras estavam espalhadas pelo chão, com as mãos e pés amarrados.
As buscas foram suspensas, pois não havia ninguém com coragem o bastante para entrar na maldita floresta de novo, pois todos temiam o mesmo fim dos primeiros homens que lá entraram. Por isso Robin Weaver jamais foi visto nesse mundo novamente e seus pais não tiveram um corpo para enterrar.
Anos se passaram e a lenda da Bruxa ainda estava viva na mente de todos. Contudo em 1925, doze anos depois de ter ido morar na cidade de Burkittsville, Rustin Parr resolveu construir uma casa no meio da mata, em um lugar que ficava a mais de quatro horas de caminhada da cidade.
Rustin Parr vivia em meio à floresta, totalmente isolado. Algumas vezes ele era visto vagando pelo mato com um cachimbo no canto da boca. A quem diga que ele conversava com as árvores ou mesmo com um ser que ninguém via. Alguns diziam que Rustin era louco, outro apenas achavam que ele amava a natureza mais do que tudo.
Enquanto isso, começando por Emily Hollands, sete crianças são raptadas da área que cerca Burkittsville, em novembro de 1940 a maio de 1941.
No dia 23 de maio de 1941, Rustin Parr, o maluco da floresta, entra em um comércio do local e diz ter terminado seu trabalho. As pessoas comunicam sua estranha fala à polícia. Após procurar a casa dele na floresta, a polícia encontra os corpos das sete crianças no porão. Foram assassinadas seguindo um ritual no qual se retira as vísceras do corpo. Ele disse que cometeu os assassinatos por causa de um fantasma de uma velha que rondava a floresta perto de sua casa. Rustin foi condenado à forca.
Por sorte Kyle Brody foi uma das crianças que conseguiu, em um momento de descuido, fugir da casa e chegar até a cidade. E seu testemunho foi a chave para descoberta do criminoso que estava sequestrando as crianças. Os corpos dos sete mortos foram encontrados embaixo da casa de Rustin, todos em decomposição avançada.
Depois disso o estranho homem que vivia no meio da floresta foi a julgamento e recebeu a pena de morte por enforcamento. No dia 22 de novembro de 1941, Rustin Parr foi enforcado. Todos acharam que tudo estava acabado e que desta vez a maldição da Bruxa havia terminado, porém ainda faltava algo e o único sobrevivente do massacre das crianças tinha um futuro sombrio pela frente.
No ano de 1957, Kyle Brody, o garoto que viu todos os outros serem mortos, foi internado em um hospício depois de ter sido preso varias vezes por vagabundagem. E durante anos foi sendo jogado de um manicômio para outro, sempre causando problemas com ataques de raiva e delírios.
Em 1961, depois de receber a refeição do dia Kyle pegou a colher de madeira que recebeu para comer e começou a raspa-la no chão até que ficou afiada. Com a arma pronta ela a enfiou bem fundo em seu próprio pulso, rasgando sua carne e veias, fazendo o sangue jorrar para todos os lados enquanto a vida ia deixando seu corpo…
Assim morreu, sangrando até a morte, o último amaldiçoado de Burkittsville e o trabalho da Bruxa estava completo, pois todos os envolvidos com aqueles ritos satânicos tiveram uma morte macabra.
Hoje em dia algumas pessoas ainda visitam a floresta de Blair, em busca da Bruxa, mas ela jamais se manifestou de novo, mas como se sabe ela costuma sumir de tempos em tempos, até sua historia sumir da memória, então ela volta com um golpe ainda maior, matando todos que estiverem envolvidos, sejam homens ou crianças, pois a maldição da Bruxa de Blair jamais se extingue, apenas espera a hora certa para atacar e ser lembrada novamente...
O caso do Poltergeist de Jaboticabal - SP
Postado por Unknown | Marcadores: Poltergeist | 0 comentários
O caso ocorreu na década de 1960, em Jaboticabal, estado de São Paulo. A principal causa dos distúrbios foi identificada como um espírito irritado que estava efetuando uma vingança contra a vítima, uma menina de 11 anos de idade. Tudo começou quando tijolos, que pareciam vir do nada, começaram a cair na casa da família Ferreira. Depois de vários dias de pedras caindo do céus, a família começou a acreditar que era obra de um espírito do mal. Em dezembro de 1965, a casa dos Ferreira e todos aqueles que residiam lá, foi atacada por tijolos que voaram através das janelas e portas da pequena e modesta casa, quebrando objetos de valor e atingindo a família. Depois de investigar e descartar a possibilidade de algum assaltante desconhecido estar jogando os tijolos, a família ficou convencida de que eles estavam sendo atacados por algum tipo de entidade demoníaca .
Entraram em contato com o padre local e imploraram por um exorcismo. Quando o padre chegou à casa dos Ferreira, ele falou com a família sobre a atividade estranha que os mantinha com medo. O próprio padre testemunhou inúmeros fenômenos inexplicáveis que incluíam tijolos atingindo a casa, móveis "andando" e batidas na parede.
Infelizmente, como esse padre logo descobriria, o exorcismo não pode livrar a casa de um poltergeist. Na verdade, em casos que tratam de poltergeists, exorcismos algumas vezes pioram a situação. Este caso não foi exceção. Depois que o padre deixou-a, a atividade na casa aumentou e tornou-se cinco vezes mais violenta que antes. Tijolos e pedras continuaram a atingir a casa, seguido de ovos, pratos, objetos de uso doméstico, e até mesmo móveis.
As atividades Poltergeist são mais comumente encontradas em locais onde residem meninas
na fase da adolescência. A pobre Maria era o centro dos ataques. Ela foi golpeada, ferida e mordida por invasores invisíveis. Uma vez ela foi atacada com agulhas que, de repente apareceram sob sua pele. Um dia, enquanto ela estava comendo seu almoço na escola, sua roupa começou a queimar.
João Volpe, um dentista local e espírita, foi contatado por amigos da família Ferreira e foi imediatamente visitar a família. Quando Volpe chegou à casa, ele acalmou a família e assegurou-lhes que o que causou a atividade em casa não foi obra do maligno, mas sim o trabalho de um poltergeist. Volpe explicou que um poltergeist não era um espírito, mas sim a frustração reprimida de um membro da família que foi expressada de uma maneira inexplicável .
Volpe estava convencido de que Maria José, a filha de 11 anos dos Ferreira era a causa dos fenômenos, e que ela era uma médium que afetava o ambiente e que possui a capacidade de contatar espíritos. Volpe ficou ainda mais convencido de sua teoria quando Maria José afirmou que ela tinha muitos amigos invisíveis que a tratavam com bondade, e poderia fazer doces e outras guloseimas aparecer a seus pés quando pedia.
Volpe ficou espantado com o que a jovem lhe disse e pediu a seus pais se poderia levar a menina para sua casa e estudá-la mais a fundo. Seu desejo foi atendido. Os primeiros dias que Maria José passou na casa de Volpe foi tudo tranquilo, nada dos fenômenos que assolaram seus pais em casa .
Então Volpe começou a se perguntar se talvez Maria José estava feliz em ficar longe de seus pais, que poderiam estar causando o stress na garota. No entanto, pedras logo começaram a golpear sua casa, e estrondos altos que pareciam vir do nada ecoavam por ela. Volpe e alguns colegas viram quando uma grande pedra voou através de uma janela aberta, atingindo três pessoas na cabeça, para depois sair voando por outra janela.
Uma noite, as roupas de Maria José inexplicavelmente pegaram fogo, queimando gravemente Volpe e deixando seu quarto em chamas. Ele concluiu que a ajuda que ela precisava tinha de vir de um alguém muito mais forte do que ele. Somente um homem poderia curar esta criança: o grande médium Chico Xavier .
Após os ataques, Maria foi levada para Chico Xavier em seu centro espírita na cidade de Uberaba - MG. Ao saber da situação da jovem garota, Chico Xavier logo quis atender Volpe e Maria José e tratou de entrar em contato com os espíritos para determinar o que estava acontecendo. Enquanto em transe, Chico Xavier fez contato com um espírito que afirmou que Maria José, em uma vida anterior, era uma bruxa malvada que causou a morte de muitas pessoas através de sua magia negra. O espírito passou a dizer que ele e seus companheiros espíritos foram enviados como uma maldição para fazê-la sofrer pelos crimes que havia cometido em sua vida anterior. "Ela era uma bruxa. Muita gente sofreu e eu morri por causa dela. Agora vamos faze-la sofrer também..."
Chico Xavier foi capaz de convencer os espíritos a deixarem a menina sozinha, porque era injusto que ela fosse responsabilizada por eventos fora de seu controle. Depois de muitas horas de oração, ele declarou que Maria José estava agora livre dos espíritos que a atormentavam e que ela poderia ir em paz e viver uma vida feliz.
Após vários meses de ataques poltergeist, Maria José Ferreira foi autorizada a voltar para casa e viver com seus pais novamente. No entanto, alguns dias depois, ela foi encontrada morta por intoxicação. Ela tirou a própria vida colocando pesticida em seu refrigerante. Era a forma que ela encontrou de parar os ataques.
Toda a atividade poltergeist cessou depois da morte de Maria José.
Entraram em contato com o padre local e imploraram por um exorcismo. Quando o padre chegou à casa dos Ferreira, ele falou com a família sobre a atividade estranha que os mantinha com medo. O próprio padre testemunhou inúmeros fenômenos inexplicáveis que incluíam tijolos atingindo a casa, móveis "andando" e batidas na parede.
Infelizmente, como esse padre logo descobriria, o exorcismo não pode livrar a casa de um poltergeist. Na verdade, em casos que tratam de poltergeists, exorcismos algumas vezes pioram a situação. Este caso não foi exceção. Depois que o padre deixou-a, a atividade na casa aumentou e tornou-se cinco vezes mais violenta que antes. Tijolos e pedras continuaram a atingir a casa, seguido de ovos, pratos, objetos de uso doméstico, e até mesmo móveis.
As atividades Poltergeist são mais comumente encontradas em locais onde residem meninas
na fase da adolescência. A pobre Maria era o centro dos ataques. Ela foi golpeada, ferida e mordida por invasores invisíveis. Uma vez ela foi atacada com agulhas que, de repente apareceram sob sua pele. Um dia, enquanto ela estava comendo seu almoço na escola, sua roupa começou a queimar.
João Volpe, um dentista local e espírita, foi contatado por amigos da família Ferreira e foi imediatamente visitar a família. Quando Volpe chegou à casa, ele acalmou a família e assegurou-lhes que o que causou a atividade em casa não foi obra do maligno, mas sim o trabalho de um poltergeist. Volpe explicou que um poltergeist não era um espírito, mas sim a frustração reprimida de um membro da família que foi expressada de uma maneira inexplicável .
Volpe estava convencido de que Maria José, a filha de 11 anos dos Ferreira era a causa dos fenômenos, e que ela era uma médium que afetava o ambiente e que possui a capacidade de contatar espíritos. Volpe ficou ainda mais convencido de sua teoria quando Maria José afirmou que ela tinha muitos amigos invisíveis que a tratavam com bondade, e poderia fazer doces e outras guloseimas aparecer a seus pés quando pedia.
Volpe ficou espantado com o que a jovem lhe disse e pediu a seus pais se poderia levar a menina para sua casa e estudá-la mais a fundo. Seu desejo foi atendido. Os primeiros dias que Maria José passou na casa de Volpe foi tudo tranquilo, nada dos fenômenos que assolaram seus pais em casa .
Então Volpe começou a se perguntar se talvez Maria José estava feliz em ficar longe de seus pais, que poderiam estar causando o stress na garota. No entanto, pedras logo começaram a golpear sua casa, e estrondos altos que pareciam vir do nada ecoavam por ela. Volpe e alguns colegas viram quando uma grande pedra voou através de uma janela aberta, atingindo três pessoas na cabeça, para depois sair voando por outra janela.
Uma noite, as roupas de Maria José inexplicavelmente pegaram fogo, queimando gravemente Volpe e deixando seu quarto em chamas. Ele concluiu que a ajuda que ela precisava tinha de vir de um alguém muito mais forte do que ele. Somente um homem poderia curar esta criança: o grande médium Chico Xavier .
Após os ataques, Maria foi levada para Chico Xavier em seu centro espírita na cidade de Uberaba - MG. Ao saber da situação da jovem garota, Chico Xavier logo quis atender Volpe e Maria José e tratou de entrar em contato com os espíritos para determinar o que estava acontecendo. Enquanto em transe, Chico Xavier fez contato com um espírito que afirmou que Maria José, em uma vida anterior, era uma bruxa malvada que causou a morte de muitas pessoas através de sua magia negra. O espírito passou a dizer que ele e seus companheiros espíritos foram enviados como uma maldição para fazê-la sofrer pelos crimes que havia cometido em sua vida anterior. "Ela era uma bruxa. Muita gente sofreu e eu morri por causa dela. Agora vamos faze-la sofrer também..."
Chico Xavier foi capaz de convencer os espíritos a deixarem a menina sozinha, porque era injusto que ela fosse responsabilizada por eventos fora de seu controle. Depois de muitas horas de oração, ele declarou que Maria José estava agora livre dos espíritos que a atormentavam e que ela poderia ir em paz e viver uma vida feliz.
Após vários meses de ataques poltergeist, Maria José Ferreira foi autorizada a voltar para casa e viver com seus pais novamente. No entanto, alguns dias depois, ela foi encontrada morta por intoxicação. Ela tirou a própria vida colocando pesticida em seu refrigerante. Era a forma que ela encontrou de parar os ataques.
Toda a atividade poltergeist cessou depois da morte de Maria José.
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Sinal de um poltergeist |
O caso Tate-LaBianca
Postado por Unknown | Marcadores: Assassinatos | 0 comentários![]() |
Sharon Tate |
Sharon Marie Tate nascida em Dallas, em 24 de Janeiro de 1943 foi uma atriz e uma das mulheres mais bonitas de Hollywood na década de 1960. Morreu de maneira trágica, brutalmente assassinada, aos oito meses de gravidez, pela notória Família Manson.
Sharon começou a chamar atenção no mundo do cinema com sua aparição em Não Faça Onda, de 1967, uma comédia hedonista com Tony Curtis e Claudia Cardinale, pelo seu corpo perfeito e seu lindo rosto , o que a levou a estrelar a comédia de humor negro A Dança dos Vampiros, de Roman Polansky, cineasta polonês com quem se casou em 1968 e formou um dos casais mais charmosos e populares do meio artístico nos Estados Unidos e na Europa, com seus passos perseguidos pela imprensa de todo o mundo.
Sharon Tate começava a atingir o super estrelato no final dos anos 1960, depois de ser uma das protagonistas do filme O Vale das Bonecas (1967), baseado no best-seller de Jacqueline Susann e do último filme da série Matt Helm, com Dean Martin, quando sua carreira e sua vida foram interrompidas por seu brutal assassinato e de mais três amigos, todos da sociedade de Los Angeles, dentro de sua própria casa por integrantes da Família Manson, comandada pelo psicopata Charles Manson, no dia 9 de Agosto de 1969. Seu marido, o diretor Roman Polanski, estava na Europa, produzindo um novo filme. Sharon estava então grávida de oito meses e meio de seu primeiro filho e seu assassinato foi considerado uma das maiores tragédias ocorridas na sociedade e na história criminal americana.
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Sharon Tate e os amigos assassinados |
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Charles Manson adolescente |
Charles Manson, o mentor intelectual da chacina, e seus assassinos, Charles “Tex” Watson , Susan Atkins e Patricia Krenwinkel, autores do que ficou conhecido como o Caso Tate-LaBianca, foram condenados à morte, pena depois comutada pelo estado da Califórnia em prisão perpétua. Todos estão presos até hoje, tendo sido negadas todas as petições de liberdade condicional através dos anos.
Charles Milles Manson nasceu em Cincinnati, em 12 de novembro de 1934 e já tinha problemas desde antes de nascer. Foi gerado na barriga de uma prostituta promísqua e drogada de apenas 16 anos. Nunca conheceu o pai. Herdou o sobrenome Manson de um breve casamento de sua mãe depois que nasceu. Quando a mãe não estava em cana, estava chapada ou fazendo programas. Charles passava a maior parte do tempo com a avó. Quando sua mãe foi presa mais uma vez, foi morar com uns tios. Esse tio era barra-pesada. Espancava e abusava do pequeno futuro monstro. Quando a mãe saiu da cadeia, tudo continuou igual, ou melhor, pior. Manson conta que certa vez, ela chegou a vendê-lo num bar em troca de uma dose.
Então, o pequeno Charles começou a roubar. Foi mandado para um reformatório, mas ao sair continuou com os delitos. Por volta dos 12, procurou a mãe, que o rejeitou mais uma vez. Outras vezes preso, foi parar em outras instituições. Muitas vezes fugia. Chegou a passar por avaliações psiquiátricas - numa destas, postulou-se que por trás de suas mentiras e frieza estava um garoto extremamente sensível, mas que não havia recebido amor suficiente. Avaliou-se o seu QI, e era acima da média. Perto de receber a condicional, Manson sodomizou um garoto, com uma faca contra o pescoço do rapaz. Tinha já 17 anos. Foi então mandado para uma instituição mais segura. Abusou de outros homens. Mas, já em outra prisão, aparentemente mudou de comportamento, subitamente: dedicou-se mais a aprender (finalmente foi alfabetizado) e estava mais colaborativo. Aos 19 pôde sair.
No ano seguinte, casou-se com uma mulher e tiveram um menino - Charles Manson Jr. Trabalhava em serviços de baixa especialização, pelos quais recebia pouco. Então, para completar sua renda, roubava carros. Foi parar novamente na prisão. Nisso, a esposa o largou. Três anos depois, ele saiu. Virou "cafetão". E, claro, ainda era ladrão. Ano seguinte, foi pego novamente, mas escapou com a ajuda de uma mulher que mentiu estar grávida dele. Mas após dar um golpe financeiro em uma mulher e drogar e estuprar a colega de quarto dela, foi preso. Estava com 26 anos e deveria passar muitos anos vendo o sol nascer quadrado. Nesta época, descreve-se que Charles tinha grande necessidade de chamar a atenção para si mesmo. Era manipulador. Falava de filosofias pouco conhecidas na época, como o budismo e a cientologia. Outra obsessão eram os Beatles.
Tinha um violão e acreditava que, tendo oportunidade, seria maior que eles. Passava boa parte do tempo escrevendo músicas. Aos 32, podendo finalmente ser libertado, quis recusar. Tinha passado mais da metade da sua vida em instituições e disse que não saberia viver lá fora. Estávamos em 1966. Charles saiu, teve contato com hippies e começou a arregimentar seguidores. Muitos eram meninas bem jovens e perturbadas emocionalmente. Além disso, usava de drogas como o LSD para influenciá-las. O guru Charles Manson pregava o abandono das prisões mentais engendradas pelo capitalismo. Consta-se que a Família acabou por se aproximar das "ciências ocultas", como a "Ordem Circe do Cachorro Sanguinário".
O grupo acabou conhecendo Dennis Wilson, do grupo Beach Boys. Tentaram explorá-lo, mas ele depois se livrou de Manson. Em 68, foram parar no rancho. Eles sobreviviam não só de roubar, mas também de procurar comida em restos. Charles ainda tentava gravar um filme ou um disco. Um produtor, Melcher, recusou o que, na cabeça dele seria um fato consumado: gravar e lançar o artista Charles. Charles dizia acreditar que iria acontecer uma grande guerra racial, onde os negros venceriam, mas encontrar-se-iam perdidos, porque eram inatamente incapazes de dominar. Nesse ano, os Beatles lançaram THE BEATLES, que ficou conhecido como “Álbum Branco”.
O disco trazia canções como REVOLUTION e HELTER SKELTER. Era o "sinal" para Manson e sua família de monstros. A guerra deveria começar com crimes que deixassem os brancos realmente enfurecidos contra os negros. Charles e sua “família” escapariam escondendo-se no deserto. Charles havia entendido em um livro religioso que havia, no deserto, uma entrada para uma cidade de ouro. Após o fim da guerra, a Família Manson retornaria e assumiria o comando da situação. Charles era o “quinto anjo”. Os outros quatro? John, Paul, George e Ringo: os Beatles... Como os negros não iniciaram a guerra na data que Charles achou que começariam, ele percebeu que teria que ensinar a eles o que fazer.
Na noite em que Sharon Tate foi assassinada, com seu bebê e seus quatro amigos, a família Manson matou também uma outra pessoa que estava por perto da casa procurando pelo caseiro. Tiros, golpes com objetos, cordas nos pescoços e muitas facadas. Na parede, escreveram “PIG” (porco), com o sangue das vítimas. Na noite seguinte, o mesmo grupo invadiu a casa de Leno e Rosemary LaBianca, matando os dois. As mensagens escritas na parede da casa com o sangue das vítimas foram "Helter Skelter", "Death to pigs" e "Rising". Os assassinatos de Sharon e do casal LaBianca pela "Família Manson" ficaram conhecidos como o "Caso Tate-LaBianca".
O objetivo dos assassinatos planejados por Charles Manson era começar uma guerra que, segundo ele, seria a maior já travada na terra, denominada de "Helter Skelter". Uma guerra entre negros e brancos, em que os brancos seriam exterminados. Ele acreditava que algum negro logo seria acusado pelos assassinatos, o que faria com que os confrontos explodissem logo. Como ele e sua "família" eram brancos, planejavam esconder-se em um poço denominado por Manson como poço sem fundo em algum lugar no deserto assim que a suposta guerra começasse. Linda Kasabian, uma das integrantes da comunidade, porém, resolveu fugir e denunciar Charles à polícia, além de depor em seu julgamento. Ela não concordava com os assassinatos, apesar de ter presenciado alguns. Manson, então com 37 anos, foi acusado de seis assassinatos e levado à Justiça, juntamente com três seguidoras. Embora fosse o líder da "família", alegou não ter participado pessoalmente de nenhum deles. Charles Manson declarou durante o julgamento o seu ódio profundo pela humanidade, chamando os membros de sua família de rejeitados pela sociedade. A promotoria se referiu a Manson como "o homem mais malígno e satânico que já caminhou na face da Terra" e todos foram sentenciados à morte.
Mas, com a mudança no código penal do estado, a pena deles foi alterada para prisão perpétua. Desde então, Manson vem tentando mudar sua pena para condicional, mas nunca conseguiu. Sua última tentativa foi em 2007. E a próxima em 2012. Nunca realizada! ! Na época do julgamento, John Lennon disse: "Eu não sei o que pensei quando aconteceu. Ele é um filho do sistema, feito por nós. É claro que ele é um maluco!" Sobre Helter Skelter, Manson disse: "Era a música que eu gostava." E sobre os Beatles: "Eles se foram, eu estou aqui!". O filho de Charles Manson, Manson Jr. suicidou-se em 1993.
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Charles Manson na prisão |
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